quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

ADELSCOTT

Beer with Whisky Malt

França, 5,8%, Nota 6

Cerveja diferente que me surpreendeu. Com gosto adocicado, levemente encorpada e amagor idem. Cor castanho-escura. Não é das melhores, mas o fato de ser armazenada em barril de whisky, o que lhe confere um gosto particular, valeu pela experiências. 

GUINNESS

Cerveja preta

Irlanda, 4,2%, desde 1759, Nota 7

Cerveja stout irlandesa cuja história teve início em 1759, quando Arthur Guinness alugou uma fábrica em Dublin, na Irlanda, e começou a produzir sua cerveja. Em 1862 adotou a Harpa irlandesa como símbolo. Com quase 300 anos de história, a cerveja Guinness é produzida com a mesma composição: malte irlandês, água de Dublin, lúpulo e levedura. Gosto amargo forte, lembrando um café expresso com um leve toque adocicado com um toque refrescante no paladar que não consegui identificar o que seria. De alta fermentação, feita com percentual de malte torrado, que lhe confere sua marcante cor rubi-vermelho escura e um paladar tostado. O lúpulo utilizado confere à Guinness um distinto sabor, com excelente balanço entre o amargor e a doçura. Sua espuma densa e cremosa torna a Guinness uma cerveja extremamente saborosa e mais robusta que qualquer cerveja super-premium. 

SALVATOR

Paulaner München

Alemanha, 7,9%, desde século XVI, Nota 9

Uma excelente cerveja. Cor de cobre avermelhado com sabor próprio e original. Gosto amargo do lúpulo que contrasta com um leve toque de açúcar queimado. Você precisa experimentar. Vale muito a pena. Cerveja precursora das bock dupla, produzida por monges para sustentá-los durante os quarenta dias de abstinência já que não podiam ingerir alimentos sólidos ou para comemorar o aniversário de sua antiga inspiração, dia de São Francisco de Paula, em 2 de abril. Os monges a chamaram de cerveja do Santo Pai, em latim, Sanct Pater que passado para a língua alemã e corrupções posteriores dos dialetos locais levaram ao Salvator, conhecido.  Após 1700 a cidade de Munich havia se expandido para mais perto do monastério e alguns barris da cerveja festiva dos monges chegaram, inevitavelmente, às tavernas locais, fazendo com que a cidade tivesse conhecimento sobre a excelente qualidade da cerveja. Atualmente a Paulaner é a única cervejaria do mundo licenciada para fabricar a Salvator Beer.

ALTENMÜNSTER

Premium – Bavarian Beer

Alemanha, 4,9%, Nota 7

Cerveja Lager de sabor não muito inovador e de corpo suave. Gosto amargo um pouco acentuado. Vem em uma garrafa elegante que para o meu gosto, não combinou com o sabor. Mas uma boa cerveja. 

MAHOU

Cinco Estrellas

Espanha, 5,5%, desde 1890, Nota 5

Se você está na Espanha e de repente bate uma saudade muito grande das cervejas brasileiras menos encorpadas, essa é uma boa opção para você experimentar. Já vi comentários espanhóis dizendo que Mahou Cinco Estrella es buenissima con sabor y cuerpo muy rico y intenso. Isso é um comentário, que a meu ver, se parecesse muito com a mãe do Corcunda de Notre Dame falando da beleza incomparável de seu filho. Deixando exageros e comentários sarcásticos de lado, dá pra dizer que é uma boa cerveja, de sabor mais amargo, e que seria ideal para se beber muito bem gelada em dias brasileiros bem quentes, com amigos em um churrasco ou na praia. Prazer que ainda não tive aqui em Madrid. A cerveja é boa sim 

VOLL-DAMM

Doble Malta

Espanha, 7,2%, desde 1955, Nota 7

Cerveja tipo Märzen, levemente encorpada, com sabor marcante e um pouco amargo. Dona de uma coloração dourada escura. Gostei bastante e sempre que posso, tomo uma dessas. Vale a pena conferir. Você não vai se arrepender. 

AMSTEL

Holanda (tomei a produzida na Espanha, em Sevilla), 5%, desde 1870, Nota 6

Cerveja que leva o nome do rio que cruza Amsterdam, cujas águas geladas foram ideais para resfriar a cerveja nos primeiros anos de sua fabricação. Uma cerveja boa, de qualidade, não muito encorpada nem tampouco com grandes traços marcantes. 

URSUS

Romênia, 5,3%, desde 1878, Nota 2

Cerveja romena. Você precisa experimentar para saber qual tipo de cerveja européia não se deve comprar. Meu pai levou, dentre outras duas, uma lata dessas para o Brasil. Meu avô, na sua sabedoria dos seus noventas anos disse: - Essa cerveja tem gosto de mijo de égua! hehe. Eu não sei qual é o sabor do resultado fisiológico desse eqüino, mas sei que é a melhor coisa pra se escrever sobre essa cerveja. =)  

CRUZCAMPO

Espanha 4,8%, Nota 5

Uma cerveja de Sevilla, suave, muito boa, mas longe das suas primas européias vinda de terras belgas e alemãs. Um aroma diferenciado e um gosto frutado mais que o normal. Desse bem quando se toma no 100 Montaditos, ainda mais quando o preço é de um euro cada meio litro. Não é uma cerveja fenomenal, mas não tampouco uma que não tomaria novamente. Mas enfim, é uma cerveja nada excepcional. 

DAB

Dortmunder Actien - Brauerei

Alemanha 5%, desde 1864, Nota 7

Cerveja do tipo Dortmunder/Helles. Quem entende de cerveja diz que isso significa ser uma Pale Lager ligeiramente mais forte e com malte acentuado (com características de cookies e/ou pão nos exemplos mais tradicionais). O sabor tem um leve gosto de mel e de malte tostado, que parece mais amargo no início dos goles. Estou tomando ela agora. Não tem grandes surpresas para a degustação, mas é uma boa cerveja. 

ERDINGER

Weissbier

Alemanha, 5,3%, desde 1383, Nota 8

Cerveja de trigo de alta fermentação, refrescante e com aroma próprio mais suave e frutado. Uma excelente cerveja, mas depois de tomar a Löwen Weisse e a Bischofshof ela perdeu pontos no meu ranking. 

LÖWEN BRÄU

Original

Alemanha, 5,2%, desde 1516, Nota 9

Dos mesmos “autores” da Löwen Weisse. Mas essa não é a obra-prima. Cerveja alemã da melhor qualidade, mas não igual a de trigo. Essa cerveja surgiu na Hospedaria do Leão Zum Löwen, passando a se chamar LöwenBräu somente em 1818. A cervejaria foi quase destruída na Segunda Grande Guerra, mas como ainda existe bondade nesse mundo, ela foi reerguida. Por sorte minha, que provei com muito contento essa especiaria. 

BISCHOFSHOF

Hefe-Weisbier - Hell

Alemanha, 5,1%, desde 1649, Nota 10

Cerveja de trigo forte e encorpada. Elaborada segundo a Lei de pureza de 1516. Não sei o que é bem essa lei, só sei que está escrita no rótulo. Mas estou tomando ela agora, nesse exato momento, o que me confere uma imediata, mas não legal, autoridade de dizer que a cerveja é uma das melhores weissbeer que já tomei. Experimenta também.

LÖWEN WEISSE

Hefe-Weissbier

Alemanha, 5,2%, desde 1383, Nota 10

Uma perfeita cerveja de trigo. Se as cervejas de abadia têm suas melhores iguarias na Bélgica, até agora não encontrei cervejas de trigo melhor do que as alemãs. O sabor é perfeito. Encorpada e inimitável. Não sei se esse termo existe, mas cerveja igual essa não.

MARSTON’S

Strong Pale Ale

Inglaterra, 6,2%, desde 1834, Nota 9

Tem um aroma marcante que é possível sentir já quando se abre a garrafa. Levemente maltada e com um pouco de sabor de açúcar queimado. Suficientemente encorpada e muito saborosa. A espuma é farta mas se extingue rápido deixando no copo uma cor de cobre bem acentuada. Na falta das cervejas belgas cheias de personalidade ela se faz uma experiência do reino unido bastante gratificante. 

FOSTER’S

Pilsen

Austrália, 5%, Nota 5

Cerveja do tipo Pilsener Lager, australiana de fermentação baixa. Clara de sabor meio amargo. Uma cerveja muito boa, mas nada de excepcional. Vale a pena experimentar esse líquido da terra dos cangurus. 

DASFEINE HOFMARK

Alemanha, 5,3%, desde 1590, Nota 9

Cerveja de cevada e trigo, maltada com ligeiro aroma frutado e sinais de especiarias. Uma cerveja diferenciada e que proporciona uma experiência de paladar agradável. Não é uma cerveja belga, mas é uma cerveja alemã. Vale muito à pena. 

FISCHER

Tradicion

França, 6%, Nota 7

Uma boa cerveja com sabor marcante, forte e meio amargo. Muito boa, mas não chega perto das cervejas belgas. Na verdade, me apaixonei pelas cervejas belgas. Mas quem não se apaixona?

GRIMBERGEN

Escura

Bélgica, 9%, Nota 10

Cerveja escura que agradou desde o primeiro gole. Com certeza está na minha lista das melhores cervejas. Bastante encorpada com um sabor agridoce, um pouco picante e amargo, bastante intenso que marca e permanece na boa por um bom tempo. Isso se você não tomar outra depois. Vale a pena tomar mais que duas. Originaria da abadia de Grimbergen fundada em 1128, feita inicialmente para consumo próprio ou para ser servida aos visitantes. Tem como logotipo uma fênix devido à história da abadia, que fora reconstruída três vezes ao longo de sua história. 

SPUTNIK

Espanha, 5,9%, Nota 6

Cerveja com 75% de aroma de vodka que dá um toque especial à iguaria. Porém, para apreciadores de bebidas, cerveja é cerveja e vodka é vodka. Mas vale a pena experimentar. É muito boa. 

CHIMAY BLUE

Pères Trappistes 

Bélgica, 9%, Nota 10

O logo Trappist certifica que a cerveja é produzida em uma abadia trapense sob controle da comunidade de monges locais e parte da verba é destinada a trabalhos sociais. No rótulo recomenda-se consumo com temperatura variando entre 10 e 12 C. Sabor bastante encorpado, aroma de levedo e com toque frutal. Está na minha lista das melhores. Taí outra experiência gastronômica espiritual. 

CHIMAY RED

Pères Trappistes

Bélgica, 7%, Nota 10

A mesma descrição anterior, mudando apenas a graduação alcoólica desta vermelha para a sua irmã azul. Uma cerveja para se degustar em datas especiais ou no quarto sozinho em Madrid. Uma das melhores cervejas que experimentei em terras européias. 

LEFFE

Blonde

Bélgica, 6,6%, desde 1240, do tipo abadia, Nota 10

Produzida desde o século XIII pelos monges da antiga abadia de Leffe ainda hoje com a mesma receita. É uma cerveja seca de alta fermentação, frutada e levemente condimentada. Pra mim, uma das melhores cervejas que já tomei aqui na Europa, com sabor encorpado e gosto marcante dessa cerveja não tem nada semelhante. Uma verdadeira experiência gastronômica espiritual. =)

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

COMO O BLOG NASCEU

Um dia, com meu pai em Madrid, numa bodega, resolvemos comprar cervejas diferentes para provar. Compramos uma belga e nos apaixonamos. Até então não conhecia. 

Saímos daquele dia da bodega com alguns vinhos e várias cervejas diferentes. 

Fim das férias do meu velho que embarcou para o Brasil no dia 9 desse mês, eu, sozinho, resolvi um dia dar uma volta no mercado e comprar uma cerveja. Chegando lá, não resiste claro que busquei uma belga, mas as opções eram tantas e tantas que fiquei meio desconcertado. 

Peguei algumas garrafas de tipos e estilos diferentes e algumas latas mais comuns.

Dias depois comentei com meu amigo gaúcho, o Bruno. Ele gostou da idéia e estamos fazendo coleção de novos paladares. 

O Bruno deu a idéia de fazermos um rating de cervejas e começou isso no blog dele. 

E agora, cá estou eu, em momentos de férias das pesquisas e dos estudos, fazendo meu blog só de cervejas. 

Como já mencionei no primeiro post não tem nada de profissional, são apenas opiniões de alguém que gosta de cerveja. Resolvi fazer minhas avaliações pessoais e as notas que vou atribuir para cada cerveja, são única e exclusivamente baseadas no meu gosto pessoal.

Pode ser que você queira saber como é meu gosto. Vai ser meio difícil. Mas dá pra ter uma idéia com a classificação que coloquei ai embaixo. É uma opinião minha sobre as cervejas que conheci no Brasil. É baseado nesse padrão que agora vou começar a dar minhas notas.

 

SERRA MALTE 7

BOHEMIA ESCURA 7

CARACU 7

PETRA 7

BOHEMIA WEISS 6

ORIGINAL 5

BOHEMIA 5

SKOL BEATS 5

HEINEKEN 5

XINGU 5

SKOL 4

KAISER GOLD 4

KAISER BOCH 4

BRAHMA EXTRA 4

BRAHMA 3

ANTÁRTICA 3

ITAIPAVA 2

MALZBIER BRAHMA 2

NOVA SCHIN 1

KAIZER 1

GLACIAL 0,5

SOL 0,5

CINTRA 0,5

 

É isso! Vamos às cervejas que conheci aqui!

OUTROS TIPOS OUTROS ESTILOS

construindo...

ESTILOS DE LAGER

em construção...

CERVEJAS DO TIPO LAGER

As cervejas do tipo Lager armazenadas para fermentação com Saccharomyces Carlsbergensis a uma temperatura em torno de 10 graus por semanas ou meses. Com um período grande de armazenamento essas cervejas clareiam e ganham maior quantidade de dióxido de carbono. Atualmente, muitas cervejarias largers usam períodos de armazenamento de 1 a 3 semanas. 

O aroma dessas cervejas é pouco ou nada frutado, pendendo mais para pão e sabores de cereais. Nas cervejas Lagers escuras predominam sabores de cereal torrado, bem parecido com café.

Seu nome vem da palavra germânica "lagern" (armazenar) e origem remonta à Baviera do século XIX, local onde os mestres cervejeiros tinham por hábito guardar os seus produtos em caves muito frias de modo a lhe darem uma certa maturação. Esses produtos, as Lagerbier, eram o resultado de anos de desenvolvimento de técnicas de refrigeração e de utilização de um fermento especial. A principal diferença desse fermento para o que se utilizava no resto da Europa residia no facto de o seu depósito ficar no fundo após a fermentação, ao contrário das Ale, cujo resíduo subia ao topo.

Existem muitos estilos de lagers, mas predomina a clara na cor, com alto teor de gás carbônico, de sabor moderadamente amargo e conteúdo alcoólico entre 3-6% por amostra. Os estilos de lager incluem: 

* Pilsen, as mais consumidas no Brasil, são mais leves e claras, e mais refrescantes também.

* Dunkel, escuras, o nome significa escuro, em alemão.

* Bock, cervejas escuras e avermelhadas, encorpadas, com teor alcoólico variando entre 6% e 9%.

* Rauchbier, são cervejas defumadas, típicas da cidade de Bamberg, na Alemanha.

Especificações melhores vem no próximo post


ESTILOS DE ALE

Existe uma grande variedade de diferença entre os estilos das cervejas de alta fermentação. De modo mais específico, temos os itens abaixo, que resumi de um site muito melhor detalhado e específico. Vale a pena conferir! Lá você encontrará mais informações históricas, dicas de marcas de cervejas e fotos de cada estilo.

ALTBIER: cerveja de cor castanha, habitualmente oriunda da Alemanha (alt = velho em alemão). Uma designação proveniente da capacidade que esta cerveja tem para envelhecer durante mais tempo em relação às outras cervejas. É uma cerveja de médio gás, balanceada com presença de frutas e com grande equilíbrio entre malte e lúpulo e uma presença mediana de gás.

AMBER ALE: cervejas que podem variar desde produtos de pouco interesse e caramelizados, a cervejas com boa quantidade e balanço entre malte e lúpulo.

AMERICAN PALE ALE: cervejas claras que vão desde o amarelo dourado até o cobre, com pelo lúpulo de origem americana capaz de transmitir um forte aroma e uma relativa acidez à cerveja. Ideal para acompanhar refeições ligeiras como pizzas e hambúrgueres ou sushi e saladas. 

AMERICAN STRONG ALE: engloba grande quantidade de cervejas fortes com teor alcoólico superior a 7% e são de origem norte americana. Muitas são parecidas com as English Strong Ale, apesar de possuirem maior volume de lúpulo. São cervejas fortes com grande presença de malte, lúpulo e álcool.

BALTIC PORTER: cervejas com estilo muito complexo, especialmente o sabor, com presença de chocolate e malte torrado, elaborado com lúpulo continental e malte de Viena ou de Munique. Mesmo com essas características é não é uma cerveja pesada devido a uma boa presença de gás

BELGIAN ALE: consideradas cerveja para todas as ocasiões, com equilíbrio entre seus diversos elementos, com cor variando de um amarelo dourado até à cor de cobre. Têm boa presença de frutas, malte e especiarias tanto no aroma como no sabor, com espuma branca, cremosa e não muito duradoura.

BROWN ALE: cervejas com bastante sabor, muito lúpulo. São similares às American Pale e American Amber Ale, diferindo por terem uma componente mais forte de caramelo e chocolate, que servem para equilibrar o lúpulo e o amargor. A cor varia entre um castanho-avermelhado a castanho escuro e a espuma é creme e não muito duradoura. Possui menos álcool que uma Porter e tem, em geral, um sabor complexo e bem balanceado.

CREAM ALE: cervejas de aspecto claro e límpido, de corpo leve, forte presença de gás e com pouca ou nenhuma sensação de lúpulo seja no aroma ou no sabor. Isso faz com que tenham uma acidez média a reduzida. Por vezes pode-se saborear milho, que é misturado pelas cervejeiras em detrimento do uso de malte ou lúpulo.

ENGLISH PALE ALE: cervejas clássicas não muito claras, com cor que varia entre o dourado e que pode ir até ao âmbar ou acobreado. Apresenta mais malte no seu caráter do que as American Pale, mesmo estando presente as características amargas e secas do lúpulo. Ideais para acompanhar qualquer tipo de prato de carne, desde bifes a pato, frango ou cabrito.

GOLDEN/BLONDE ALE: um estilo muito genérico e com bastantes variantes. Uma das formas habituais é a Canadian Ale, muito parecida com a American Pale Ale, com pouco malte e lúpulo, utilização de outros cereais menos nobres como arroz ou milho e um sabor e aroma muito neutrais. A versão inglesa possui mais lúpulo e menos álcool que as norte-ameriacanas, que são mais refrescantes e amargas. São cervejas suaves, com bastante gás, espuma branca e corpo claro e límpido.

IMPERIAL/DOUBLE IPA: essa cervaja é em essência é uma versão "musculada" duma IPA normal. É ligeiramente mais escura que uma IPA, devido ao uso de malte em maiores quantidades, isso se explicando pela necessidade de equilibrar a cerveja que possui, em geral, quantidades quase absurdas de lúpulo o que lhe acrescenta um caráter amargo e refrescante. Isso ajuda a encobrir o volume de álcool que pode variar entre os 7,5% e os 10%.

INDIA PALE ALE: cerveja feita para sobreviver às longas viagens entre a Inglaterra e a Índia, as India Pale Ale têm uma forte componente de lúpulo, essencial para conservar a cerveja durante o tempo máximo possível. As americanas conseguem ter um sabor e aroma mais acentuado do lúpulo, com uma cor que varia entre o amarelo dourado e o acobreado, com sabor bastante intenso e refrescante, indicadas assim para acompanhar refeições condimentadas como chili e vindaloo.

IRISH RED ALE: as cervejas ales vermelhas da Irlanda são cervejas suaves, equilibradas e leves com um leve toque adocicado de início que segue com o sabor típico do malte e um fim com cereais torrados, o que lhe dá uma caráter seco. Estas características podem ser acentuadas e, em conseqüência, adulteradas se a cerveja for servida muito fria. A sua cor avermelhada é obtida através da junção de malte de cevada, sendo que por vezes se utiliza milho, arroz ou mesmo açúcar para suavizar o produto final. Não possui muito gás nem tampouco álcool. (entre 4% e 6% ABV).

KOLSCH: estas cervejas têm como curiosidade o fato de não serem boas para passarem por um processo de armazenamento muito longo. O sabor delicado e frutado tende a oxidar com facilidade, pelo que se recomenda um consumo rápido após a compra. São cervejas bastante efervescentes e frescas, são feitas a partir do melhor lúpulo alemão e de água bastante leve. A designação Kolsch está protegida por lei e é exclusiva de pouco mais de 20 cervejeiras localizadas à volta da cidade alemã de Colónia (Koln).

MILD ALE: cerveja ligeiramente maltada e com pouco sabor e aroma a lúpulo, com cor castanho-escuras e com pouco gás e espuma.

MILK/SWEET STOUT: de origem inglesa, historicamente conhecido como Milk ou Cream, devido à utilização de lactose como adoçante, é de cor bastante escura, tendencialmente doce e com sabor com um toque de cereais torrados. Isso a faz com que se assemelhe a um expresso açucarado. Produz uma espuma muito cremosa e duradoura, sendo que a presença de gás é baixa tal como o volume de álcool, que ronda os 4 a 6%.

NORTHERN ENGLISH BROWN ALE: cervejas mais secas e com mais lúpulo do que as suas congêneres do sul diferenciam-se também por terem um sabor mais a frutos secos e menos a caramelo. Têm cor âmbar escura a castanho-avermelhada, espuma pequena e pouco duradoura e sabor doce a malte e biscoitos.

OATMEAL STOUT: cervejas originárias da Inglaterra e variantes das Sweet Stout, diferindo destas por serem menos doces e por darem mais importância à utilização de aveia em detrimento da lactose. De cor muito escura, sabor de malte torrado e aveia, corpo espesso devido ao uso deste último cereal e boa presença de gás São cervejas bastante suaves e podem dar a impressão de estarmos bebendo um chocolate quente ou mesmo um café com natas açucaradas. A sua taxa de álcool varia entre os 4,2% e os 5.9% ABV.

OLD ALE: um tipo de ale tradicional inglesa que é assim designado por passar por um processo de envelhecimento após a primeira fermentação - um processo similar às porters clássicas. Têm também a característica de poderem ser guardadas algum tempo antes de se consumir. A presença de álcool e o caráter encorpado e complexo, faz com que sejam uma excelente companhia nas frias noites de Inverno.

SCOTCH ALE: cervejas fortes, escuras, maltadas e que, usualmente, variam entre 6.5 a 8.5% ABV. Têm a particularidade de serem fermentadas a temperaturas mais baixas do que a maior parte das ales e, além disso, possuem um caráter maltado com pouca presença de lúpulo. Este fato faz com que sejam cervejas que não são aconselháveis para todo o tipo de refeições, apesar de as podermos beber como se fosse uma sobremesa. O álcool tem uma presença acentuada no sabor, o que ajuda a equilibrar um possível excesso de malte e de açúcar.

SOUTHERN ENGLISH BROWN ALE: (ou London-Style) são mais escuras e doces que as variantes do norte. O sabor é bastante complexo, característica dada pela forte presença de malte e de frutos, isto apesar do volume alcoólico ser relativamente baixo: entre 2,8 e 4,2% ABV.

TRADITIONAL ALE: é um estilo muito genérico, habitualmente utilizado para designar todos aqueles estilos antigos que caíram em desuso, mas que devido a uma onda revivalista começam agora a aparecer nos bares e nas prateleiras dos supermercados. Dito isto, torna-se bastante difícil definir uma característica comum a todas as cervejas aqui englobadas. Representam isso sim, um olhar saudoso ao passado e um renascer pelas antigas técnicas de produção de cerveja.

WOOD-AGED BEER: um estilo tradicional, raramente utilizado pelas grandes empresas cervejeiras, mas comum em pequenas explorações. Isso por permitir guardar a cerveja por longo tempo em barris de carvalho ou em cascos de outro tipo de madeira. Independentemente da cerveja base que seja utilizada, as características da madeira e, em caso de terem sido utilizados barris usados, da bebida que aí tenha estagiado, ficam presentes no aroma e no sabor. Este estilo é muito diversificado e se pode utilizar uma infinidade de cervejas base, mas que marca e as torna um estilo único é o envelhecimento em barris de madeira.

CERVEJAS DO TIPO ALE

As cervejas tipo Ale são cervejas de alta fermentação, à base da levedura Saccharomyces cerevisiae. São bastante populares no Reino Unido, incluindo as pale ale (ale clara), porter (escuras), stout (cerveja preta forte), mild (meio-amargas) e bitter (amargas).

São cervejas que tendem ser mais saborosas com grande variedade de cereais e ésteres produzidos durante o processo de fermentação a uma temperatura que varia de 15 a 24 graus, por um período de três a cinco dias. São esses ésteres que lhe dão o aroma frutado; possuem baixo teor de gás carbônico e são ideais se servidas a temperaturas mais elevadas.

É o processo mais antigo na produção da cerveja e existiu único até o século XIX quando foi inventada a cerveja de baixa fermentação.

Esse processo realça os sabores frutados e lupulados da cerveja, deixando-as também mais encorpadas, com características que variam do doce ao amargo e das claras às escuras.

Essas podem ser divididas de forma muito geral em:

* Weiss: cervejas de trigo, feitas na maioria das vezes com 50% de malte de trigo e 50% de malte de cevada. Variam entre Weissenbier, as mais claras e mais leves às Weissenbock mais escuras e encorpadas.

* Ale: que ainda pode ser dividida em alemã, belga e amber. São cervejas que variam entre o dourado e o cobre

* Porter e Stout: que são as escuras, de sabor seco e tostado como a 

* Guiness, uma Stout, aos sabores mais adocicados das Porters.

O próximo post especificará melhor esses estilos. 

TIPOS DE CERVEJA

Uma tarefa meio difícil de fazer, pois existem cervejas de muitas cores, sabores e aromas. Cada qual com sua personalidade própria. Mesmo assim vou tentar algo mais simples.

Segundo estudiosos da cerveja estimam, cerca de 20.000 tipos diferentes de cerveja existem ao redor do globo. 

Uma marca bastante significativa se pensarmos que os ingredientes básicos são sempre o mesmo com pequenas variações de condimentos e açúcares. Mas também não podemos esquecer que diferentes temperaturas e tempos de cozimento, assim como a fermentação, a maturação e o tipo de levedura utilizada, bem como a forma e os ingredientes que são adicionados, com ou sem pausterização, também são fatores decisivos e responsáveis por termos tantas opções assim.

Para falar sobre tipos de cervejas, várias classificações podem ser usadas. A mais comum é em relação à fermentação. Outras maneiras de classificar estão relacionadas com a cor (clara ou escura), com o teor alcoolico (sem álcool, ou de baixo, médio e alto teor alcoolico) e ainda o teor do extrato primitivo (fracas, normais, extras e fortes). Por razões pessoais e de interesse meu, escolhi a fermentação para falar das cervejas. 

Os próximos posts serão dedicados a especificar melhor essas diferenças, mas também de maneiras simples. Existe muito mais informação no site da Beer Judge Certification Program

Sem mais bromas, vamos abrindo uma cerveja no caminho dos próximos tópicos.

Vamos a eles!